Guest blog by Silvia Pandini: "Teachers and Mills"

Translated from the Portuguese by Silvia Pandini and Carol Tulpar

The chaff-coated millstones of my childhood were powered by wind, water and circling oxen. These stones created miracles: rice grains were cleaned, corn and wheat were transformed into flour, and the smoked leaves of yerba mate became a delicious tea.

As I moved out from the small farm of my childhood, I discovered larger mills and greater miracles. When Ney Matogrosso sang about how the north wind does not drive the mill, I began to wonder which of our efforts are pointless, which are necessary and productive, and which can bring us varied and unpredictable results. All are generated by the energy of the same wind.

The most evocative mills are those of the imagination, and Cervantes is their most brilliant creator. Like Don Quixote tilting at the windmill giant, we see what we are willing, able and eager to see.

The artist Rembrandt also painted mills of moving and unforgettable beauty that have remained forever engraved on my mind.

In Brazil, we have a special day to celebrate teachers. Yet why should we need a special day to celebrate the daily joys of learning and discovery?

Here’s to those who plough the land, simultaneously teachers, mills, and giants. May they enjoy long and fruitful lives.

Professores, Moinhos e Gigantes

Moinhos podem ser os da minha infância, movidos a água, feitos de pedras, encobertos de pó e restos. Eram máquinas de operar milagres e transformar grãos em farinha, folhas em erva-mate, grãos brutos em grãos descascados.

Em outras plagas aprendi sobre os Moinhos de vento, grandiloqüentes e velozes.
Ney Matogrosso canta lindamente “Os ventos Norte não movem moinhos”, pondo-me a pensar quais esforços merecem ser feitos, quais resultam em fins inesperados e quantas podem ser as variáveis de um mesmo vento.

Rendeu em meu eito a mirabolante imaginação de Cervantes. Os moinhos que Dom Quixote vê são para mim os mais belos, porque inventados.

Conversando com a obra de Cervantes, António Gedeão escreve o poema “Impressão Digital” e parafraseando digo: se quisermos ver gigantes serão gigantes, se quisermos ver moinhos, serão moinhos. Porque a vida também depende de nossa imaginação.

Para completar o repertório de estesias, como esquecer os Moinhos saídos de Rembrandt?
Comemorou-se ontem o dia do Professor no Brasil. Como acredito que certas belezas estão aí para serem celebradas todos os dias quero desejar que todos nós, professores, possamos ensinar nossos alunos e parceiros aprendizes a enxergar moinhos e gigantes.

E longa vida aos que aram nessa seara e são, simultaneamente, professores, moinhos e gigantes.

http://moinhosetulhas.blogspot.com
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